Argentina: Oposicionista Macri mantém vantagem para o segundo …

BUENOS AIRES  -  O candidato de oposição, Mauricio Macri, continua a liderar as pesquisas de intenção de voto a uma semana da eleição presidencial argentina, que, pela primeira vez na história do país, será decidida em segundo turno.

As sondagens apontam que Macri, atual prefeito de Buenos Aires, tem vantagem entre oito e 11 pontos percentuais em relação ao governista Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires. No fim de semana pesquisa do estúdio González e Valladares apurou a maior diferença em favor do oposicionista.

Segundo esse instituto, 55,5% dos entrevistados votariam em Macri, enquanto 44,5% escolheriamScioli. Apesar de indicar vantagem maior para o prefeito da capital argentina, nessa pesquisa o percentual de eleitores em dúvida é alto. Entre os consultados, 7,4% disseram que poderiam mudar de opinião enquanto 3,5% estão indecisos.

Para alguns analistas, o debate entre os dois finalistas hoje à noite poderia ajudar alguns indecisos. Mas, segundo o instituto Poliarquia, um dos mais renomados da Argentina, apesar de ser uma novidade para o país, o debate não define essa eleição.

Em sondagem específica sobre o evento, 55% dos eleitores disseram considerar importante um debate eleitoral no país, mas somente 16% mudariam o voto em razão dos resultados desse enfrentamento entre os dois candidatos.

Na pesquisa sobre intenção de voto da Poliarquia realizada na semana passada, Macri venceria com 48,7% e Scioli obteria 40,2%. Nessa sondagem, Macri avançou 14,6 pontos em relação ao resultado que obteve no primeiro turno, em 25 de outubro, o que indica que o oposicionista teria conseguido atrair boa parte dos eleitores que no primeiro turno votaram no deputado Sergio Massa, que ficou em terceiro lugar.

Houve uma pausa na campanha eleitoral argentina no fim de semana. Além de terem se concentrado na preparação do debate, os dois candidatos também decidiram suspender eventos marcados principalmente para o sábado em razão dos atentados terroristas em Paris.

Já a presidente Cristina Kirchner decidiu se resguardar nos últimos dias e tudo indica que continuará afastada de Scioli, o candidato que ela apoia, na reta final. Cristina repentinamente saiu de cena da campanha de Scioli depois do resultado do primeiro turno, quando o governista venceu por uma inesperada diferença de apenas três pontos.

Scioli mudou, então, a estratégia de campanha para as quatro semanas que lhe restaram até o segundo turno, tentando exibir um estilo próprio. Mas se as urnas confirmarem as recentes pesquisas de intenção de voto a decisão de Scioli de tentar se desconectar do kirchnerismo pode ter sido tomada tarde demais.

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