Argentina: governista diz que não quer se "ajoelhar ao FMI"

BUENOS AIRES  -  O candidato governista à eleição presidencial argentina, Daniel Scioli, defendeu a presença do Estado durante o debate na noite deste domingo. Ele disse, ainda, que se eleito não vai se "ajoelhar ao FMI". Para Scioli, por trás mudança que Macri prega virá um ajuste recessivo.

Scioli passou boa parte do debate questionando o adversário, o opositor Maurício Macri, sobre eventual ajuste e desvalorização do peso caso ele seja eleito. Macri negou sobre ajustes e não respondeu à questão da desvalorização. Macri, por outro lado, insistiu sobre as "mentiras" do governo de Cristina Kirchner ao qual vinculou o adversário.

Os dois candidatos enalteceram as próprias gestões nos últimos oito anos em relação à educação, saúde e segurança. Em períodos idênticos, dois mandatos de quatro anos cada, que terminam este ano, Scioli foi governador da província de Buenos Aires e Macri o prefeito da capital argentina.

O debate presidencial ocorre uma semana antes da eleição no próximo domingo. Esta será a primeira vez que uma eleição presidencial na Argentina é decidida em segundo turno.

Para analistas, o debate não muda a tendência da eleição. Nas pesquisas de intenção de voto, Macri está na liderança com diferença entre oito e 11 pontos percentuais em relação a Scioli.

Ao final do debate, subiram ao palco as esposas dos dois candidatos: Karina Rabolini, mulher de Scioli, e Adriana Awada, de Macri. A eleição da próxima semana também marca volta da figura da primeira-dama na Argentina. A última ocupar o cargo foi Cristina Kirchner, antes de iniciar o próprio mandato como presidente da República, em 2007.

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