O governo argentino entregou nesta sexta-feira ao Brasil informações sobre torcedores com antecedentes de violência, para cooperar com a segurança durante a Copa do Mundo.
"Enviamos listas com informações sobre pessoas com antecedentes de violência em espetáculos esportivos, para as quais obtivemos dados em todas as províncias", revelou o secretário de Cooperação do Ministério da Segurança, Darío Ruiz.
O funcionário esclareceu que poderão viajar para a Copa todos os argentinos que não apresentem impedimentos judiciais e tenham a documentação necessária, mas advertiu que é prerrogativa do Brasil permitir o ingresso ou não no país.
Ruiz disse ainda que sete oficiais da polícia argentina viajarão ao Brasil no período do Mundial para colaborar com as autoridades brasileiras.
A proibição de viagem ao Brasil para certos torcedores violentos não foi possível em razão do recurso judicial apresentado por advogados de grupos como o Torcidas Unidas Argentinas.
"Não podemos proibir a saída destes torcedores do país ou dizer ao Brasil quem pode ou não entrar no seu território, mas podemos colaborar com a segurança do Mundial enviando estes dados", destacou na quinta-feira o chefe de gabinete da província de Buenos Aires, Alberto Pérez.
Torcedores argentinos produziram incidentes nas Copas do Mundo do México de 1986 e França de 1998. No Mundial da África do Sul d e 2010 muitos "barrabravas" foram detidos e expulsos do país.
O embaixador do Brasil em Buenos Aires, Luis Maria Kreckler, disse que os onze consulados argentinos que funcionam no Brasil ficarão abertos 24 horas durante a Copa do Mundo.
"Estimamos que 100 mil argentinos viajarão ao Brasil e nossa preocupação é estar ao lado deles para que tenham o melhor possível", concluiu Kreckler.