Argentina enfrentará decisão de corte dos EUA sobre dívida, diz …

A Argentina vai usar todos os meios legais para defender sua posição contra a decisão de um tribunal norte-americano que pode forçar o país a pagar os credores que não aceitaram a reestruturação da dívida do país latino-americano, firmou o ministro da Economia do país sul-americano, Hernan Lorenzino, nesta segunda-feira.

A Argentina protagonizou o maior calote de dívida soberana em 2002, durante uma profunda crise econômica. Cerca de 93 por cento dos credores concordaram em trocar os títulos em default por novos bônus em 2005 e 2010, mas os credores que rejeitaram a troca continuaram lutando nos tribunais em várias partes do mundo pelo pagamento integral dos bônus.

No mês passado, um tribunal de apelação federal em Nova York julgou que a Argentina violou a regra que determina que todos os credores devem ter tratamento igualitário, quando pagou os credores que aceitaram a troca de bônus e deixou de pagar os demais.

O ministro argentino disse que o país honrará o pagamento dos detentores de bônus que aceitaram a reestruturação da dívida.

"Nós vamos usar todos os meios (legais) para defender a posição da Argentina nos tribunais" disse Lorenzino a jornalistas, durante a realização da reunião de ministros de Finanças do G20, no México.

A Argentina está ausente do mercado de dívida global desde a crise de 2002, em parte por temer que os credores que não receberam pelos seus bônus possam bloquear as novas emissões. O país tem usado as reservas internacionais do banco central para pagar suas dívidas. Mas medidas adotadas para evitar a perda de reservas, como controles de capital e restrições às importações, tem prejudicado o crescimento econômico.

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