(Acrescenta declarações de diplomata britânico e dados sobre a disputa das Ilhas Malvinas)
Nações Unidas, 18 out (EFE).- A Argentina foi escolhida nesta quinta-feira como membro não permanente do Conselho de Segurança (CS) da ONU para o período 2013-2014 junto com Austrália, Coreia do Sul, Luxemburgo e Ruanda.
Argentina, Austrália e Ruanda confirmaram seu posto na primeira votação da Assembleia Geral ao alcançar uma maioria de dois terços, enquanto Coreia do Sul e Luxemburgo tiveram que aguardar a segunda votação.
Desta forma, a Argentina ocupará o lugar vago pela Colômbia, que conclui em 2012 seu período de dois anos como membro do Conselho de Segurança pelo grupo da América Latina e do Caribe. A Guatemala, que preside este mês o Conselho de Segurança, também integrará o orgão durante o próximo ano.
Único país candidato formal do grupo latino-americano e caribenho, a Argentina obteve 182 votos na primeira votação, enquanto Barbados e Cuba - que não tinham oficializado sua candidatura - alcançaram um voto cada uma, anunciou o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, o sérvio Vuk Jeremic.
No grupo da Europa Ocidental e Outros, Austrália e Luxemburgo se impuseram sobre a Finlândia.
Finalmente, no grupo da África, Ásia e Pacífico, Ruanda e Coreia do Sul foram escolhidos frente ao Camboja e Butão. E
Após as votações de hoje, o embaixador adjunto do Reino Unido perante a ONU, Philip Parham, declarou à imprensa a vontade de seu governo de "trabalhar estreitamente com a Argentina, como fazem em outros assuntos, como não-proliferação e direitos humanos".
Apesar dos dois países estarem se enfrentanto pela soberania das Ilhas Malvinas, Parham deixou claro que esso relação não deveria criar problemas no Conselho de Segurança.
"Acho que o Conselho de Segurança tem uma ampla agenda de assuntos sérios e urgentes sobre paz e segurança internacional, e não vejo nenhum apetite entre outros membros para colocar esta questão no Conselho", acrescentou o diplomata britânico.
Ontem, em um documento do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o governo argentino destacou a incorporação do protesto realizado pelo país perante os exercícios militares realizados pelo Reino Unido nas Malvinas (Falklands, segundo os britânicos).
A presidente argentina, Cristina Kirchner, voltou a colocar a questão da soberania das Malvinas nos debates da Assembleia Geral da ONU de no final de setembro, mas o Governo britânico replicou que não negociará essa questão "a menos que os ilhéus assim desejarem". EFE
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