Buenos Aires. Os argentinos decidirão no segundo turno da eleição presidencial amanhã a profundidade e a velocidade das mudanças que serão aplicadas em um modelo econômico de forte intervenção estatal que necessita de ajustes para que o país volte a crescer.
Depois de três governos de centro-esquerda peronista, os dois últimos encabeçados pela presidente em fim de mandato Cristina Kirchner, durante os quais foram criados muitos empregos e se reduziu a pobreza, a bem controlada economia argentina sofre com falta de divisas, baixa produtividade e inflação elevada.
Estimulado pelo descontentamento com a situação econômica, a beligerância do governo e a polarização em que a sociedade está, o ex-empresário Mauricio Macri lidera as preferências para a votação na qual enfrenta o governista Daniel Scioli, que venceu o primeiro turno.
“Não queremos a abertura da economia para que todo o mundo se afunde (quebre). Nós vamos criar trabalho”, disse Macri, prefeito de Buenos Aires e líder da centro-direita renovadora.
Ambos pretendem acabar com o controle rígido das moedas, reduzir impostos, flexibilizar as restrições para as exportações e melhorar as estatísticas oficiais. Mas Scioli quer fazer tudo isso pouco a pouco, e Macri, de 56 anos, com uma canetada.
“No domingo, diante da urna, se terá que escolher entre dois caminhos, o da inclusão ou o da exclusão; o do Estado presente ou o do capitalismo selvagem e das injustiças sociais”, declarou Scioli no Facebook.
Fonte: Diário do Nordeste
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