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Os argentinos não chegaram ao Mundial de rugby como grandes favoritos. Apesar de estarem no primeiro escalão do esporte, a distância para as seleções britânicas e da Oceania ainda é grande. Na esperança de conseguir o improvável, os hermanos tem ajuda justamente do último treinador a conquistar o título Mundial: Sir Graham William Henry, hoje assistente técnico dos Pumas.
O neozelandês era o comandante dos All Blacks na última Copa, quando time venceu a competição em casa e se colocou entre os bicampeões, ao lado de sul-africanos e australianos. No seu ápice como técnico, Henry resignou da posição e, em 2012, tornou-se auxiliar técnico dos Pumas. Seu caminho até a glória, porém, foi bastante conturbado.
Ele assumiu a seleção logo após a derrota para a Austrália no Mundial de 2003. Não era e nunca foi unanimidade, mesmo sendo escolhido o técnico do ano pela International Rugby Union (IRB) em 2005 e 2006.
Um dos motivos de maior insatisfação era o seu rodízio constante na equipe. Sem os 15 titulares definidos, acirrou a disputa entre os jogadores e criou dúvidas na imprensa. A tática parece ter dado certo, já que a equipe só perdeu uma partida na temporada inteira de 2005.
Cheio de títulos (Tri-Nations, Grand Slam tour, Bledisloe Cup...), com sucessos e críticas, Henry e sua equipe chegaram como favoritos no Mundial de 2007.
Nas quartas de final, o encontro era diante dos anfitriões franceses. Mas, assim como o irmão futebol, o rugby também pode ser "uma caixinha de surpresas". A vitória dos europeus parecia decretar o fim do trabalho do treinador. Afinal, era a pior campanha da Nova Zelândia em todas as Copas - desde 1987, sempre estiveram entre os quatro melhores.
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O placar de 20 a 18 foi mais revoltante para os torcedores principalmente porque, nos minutos finais, o técnico insistiu para o time tentar o try, ignorando completamente a possibilidade de um drop goal. Ele deixou seu melhor chutador, Aaron Mauger, no banco, e diversas escolhas na equipe foram questionadas. Henry aguentou tudo calado.
Gentleman, calou-se também sobre os inúmeros erros do apito caseiro na partida. Nunca levantou a voz para bradar contra as irregularidades dos franceses nos rucks, o cartão amarelo injusto de Luke McAlister, e um passe para frente - ou seja, ilegal - na jogada do try que garantiu a vitória francesa. De pose exemplar, ele recebeu da IRB um prêmio por sua conduta esportiva.
A redenção veio a galope. Mantido no comando dos All Blacks, obviamente sob diversas suspeitas, liderou a equipe por mais quatro anos, deixando-a sempre no topo do rugby mundial. E, na Copa do Mundo em casa, devolveu a derrota para os franceses: 8 a 7 numa partida disputadíssima e histórica. Missão cumprida.
Henry, assim como Alex Ferguson, carrega o título de Sir, nomeado cavaleiro da Ordem do Mérito da Nova Zelândia "por seus serviços prestados ao rugby". Hoje, é considerado um dos mais vitoriosos treinadores de todos os tempos.
Após serem derrotados na estreia justamente pelos melhors do mundo, os argentinos esperam, porém, que tais serviços estejam só começando.
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