A Argentina garantiu a passagem às meias-finais do Campeonato do Mundo pela primeira vez desde 1990, ao bater a Bélgica por 1-0 no Estádio Nacional.
Os sul-americanos ganharam vantagem aos oito minutos, na primeira jogada de perigo do encontro em Brasília. O capitão Lionel Messi controlou a bola a meio-campo e serviu Ángel Di Maria, que subiu no terreno e tentou assistir um colega, só que um desvio em Jan Verthonghen colocou o esférico à disposição de Gonzalo Higuaín, que rematou forte e fora do alcance do guarda-redes Thibaut Courtois.
A equipa de Marc Wilmots tentou equilibrar o encontro e Kevin De Bruyne tentou a sorte com remates de longe, sendo que o primeiro falhou o alvo por muito, mas o segundo, aos 26 minutos, obrigou o guarda-redes Sérgio Romero a mostrar qualidades. Aos 32 minutos, contrariedade para a equipa de Alejandro Sabella, com Di Maria a sair lesionado e o técnico a lançar em jogo Enzo Pérez, médio do SL Benfica.
A cinco minutos do intervalo, Messi esteve perto de fazer o 2-0 na marcação de um livre, mas a bola saiu a rasar o poste. Na resposta, Verthonghen cruzou para Kevin Mirallas, que cabeceou um pouco ao lado do alvo na última oportunidade do primeiro tempo.
Os argentinos voltaram a estar perto do golo aos seis minutos da etapa complementar. Higuaín ganhou espaço na área e rematou, com a bola a embater em Daniel Van Buytene e quase traindo Courtois. O avançado estava determinado em bisar, e aos 54 minutos fintou vários adversários numa jogada individual, que culminou com um remate à trave da baliza belga.
Marc Wilmots lançou em campo Dries Mertens e Romelu Lukaku na tentativa de chegar ao empate, e os belgas criaram muito perigo à passagem da hora de jogo, com Vertonghem a cruzar da esquerda para Marouane Fallaini, que rematou de cabeça e fez a bola passar muito perto da trave.
A última meia-hora de jogo foi pouco interessante. A Bélgica mostrou grande determinação em chegar ao empate, mas também uma falta de criatividade comprometedora. A melhor oportunidade pertenceu a Messi, em período de compensação, mas o No10, isolado, não conseguiu bater Courtois.
A Argentina geriu com eficácia a vantagem tangencial e garantiu a passagem à meia-final de São Paulo, repetindo o triunfo conseguido há 28 anos, quando bateu os belgas nas meias-finais do Mundial de 1986, no México.