A Argentina ameaçou Gana de recorrer à ONU se o país não assumir sua responsabilidade pelo caso do navio escola da Marinha "Liberdade", retido no país africano após uma ação de um fundo especulativo, declarou nesta sexta-feira o chanceler Héctor Timerman.
"A Argentina mantém todas as opções abertas no âmbito da justiça internacional e, se for necessário, recorrerá à ONU", disse Timerman em uma declaração lida à imprensa na Casa Rosada (sede governamental).
Em um esforço para libertar a fragata pela via diplomática, o governo argentino enviou uma delegação a Gana composta pelos vice-ministros de Defesa, Alfredo Forti, e de Relações Exteriores, Eduardo Zuain.
A fragata "Liberdade" foi retida no porto de Tema no dia 2 de outubro pelas autoridades portuárias de Gana após um recurso do fundo especulativo NML Capital, com sede nas Ilhas Caiman, que reivindica o pagamento de 370 milhões de dólares a Buenos Aires.
"É um ato ilegal, já que o navio de guerra goza das imunidades que a própria República de Gana reconhece nas diversas convenções internacionais das quais é signatária", acrescentou o ministro das Relações Exteriores.
Segundo o texto, a ação do juiz ganês " viola o direito internacional, compromete a responsabilidade internacional de Gana".
Timerman alertou também que "negociar com os fundos abutres não é nem será uma das opções" para resolver a questão.
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