PAULO ROBERTO CONDE, ENVIADO ESPECIAL
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Após a vitória por 3 sets a 0 sobre Carlos Berlocq e Diego Schwartzman, neste sábado (8), que deixou o Brasil a uma vitória de derrotar a Argentina pelo Grupo Mundial da Copa Davis, Bruno Soares deixou no ar a possibilidade de voltar a jogar em definitivo com Marcelo Melo.
Amigos de infância, os mineiros têm um aproveitamento de 90% em participações conjuntas na Davis. Em dez partidas de duplas, venceram nove (neste sábado, as parciais foram 7/5, 6/3 e 6/4). São oito triunfos seguidos na competição. A única derrota que sofreram ocorreu em 2010, contra a Índia, em Chennai.
Os dois tenistas já atuaram juntos por dois anos no circuito mundial, mas há alguns anos têm outros parceiros (Soares joga com o austríaco Alexander Peya e Melo, com o croata Ivan Dodig).
Melo e Soares só atuam lado a lado quando disputam Copa Davis ou Jogos Olímpicos. Ambos querem e devem jogar juntos na Rio-2016 e querem, inclusive, disputar alguns torneios menores para se preparar.
"Sempre vai existir a chance de jogar juntos de novo. Estamos na melhor fase, ainda que separados. Vivemos um momento muito especial. Esse dia de voltar a jogar com o Marcelo vai chegar", disse Soares, atual número 12 do ranking mundial de duplas.
"Para nós dois, todo confronto pela Davis é importante. Sentimos orgulho em disputá-la", afirmou.
Para Melo, atual terceiro colocado do ranking mundial de duplas, o segredo está justamente nessa química.
"Vivemos a melhor fase de nossas carreiras, juntos e separados. Quando disputamos a Davis, parece que recarregamos nossas energias, sempre jogamos melhor", afirmou.
"A Copa Davis é muito importante para nós dois. Ela soma uma coisa muito positiva", complementou.
"Esperamos manter esta parceria durante muito tempo no futuro, ainda que só às vezes", prosseguiu Melo.
MELHOR DO MUNDO
"É um privilégio ter uma dupla como essa. Já disse anteriormente e repito que Marcelo e Bruno formam a melhor dupla de Copa Davis do mundo. Tê-los é um fator essencial para a equipe", concluiu o capitão da equipe brasileira, João Zwetsch.
O Brasil tem duas chances de fechar o confronto contra a Argentina neste domingo (8).
Na primeira, a partir das 11h, João Souza, o Feijão, encara Leonardo Mayer. Se o paulista vencer, o duelo se encerra em 3 a 1 para o Brasil.
Se perder, ainda haverá uma outra chance com Thomaz Bellucci, que deve enfrentar Federico Delbonis.
Os capitães podem fazer alterações na escalação até uma hora antes do início das partidas.
Quem passar entre Brasil e Argentina enfrentará na próxima fase a Sérvia, cujo astro é Novak Djokovic, número 1 do mundo e detentor de oito troféus de Grand Slam.
