Antes de duelo, Falcão exalta ‘melhor do mundo’: "Seguiu minha …

Falcão e Ricardinho posam para fotos: rivais nesta terça, craques tem estilos de jogo muito parecidos (Divulgação/CBFS)
Falcão e Ricardinho posam para fotos: rivais nesta terça, craques tem estilos de jogo muito parecidos (Divulgação/CBFS)

Maior artilheiro da história da Seleção Brasileira de Futsal, o ala Alessandro Rosa Vieira, ou simplesmente Falcão, voltará a vestir a amarelinha em uma partida oficial nesta terça-feira (22 de setembro), a partir das 21h30, quando o Brasil entra em quadra, em uma arena improvisada no centro do gramado da Arena Castelão, em Fortaleza, para enfrentar a seleção de Portugal.

Em entrevista concedida ao FOXSports.com.br, o craque falou sobre a expectativa para o jogo, que deve quebrar o recorde de público de uma partida de futsal no Brasil, do duelo particular com o português Ricardinho, atual melhor do mundo na categoria, e dos planos para o futuro.

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“No ano passado, era Brasil e Argentina, no dia 7 de setembro, às 10h da manhã. Então, conseguimos chegar perto dos 60 mil torcedores. Em Fortaleza, tem tudo para quebrar essa marca, mas eu tenho preocupação com relação ao dia e o horário: terça-feira, nove e meia da noite. É um pouco diferente”, afirma.

“Independente disso, é um evento que deu certo, que pegou. Tem muita procura por esse tipo de jogo, com a seleção de futsal jogando em estádios. A gente espera que seja um sucesso, mesmo que não bata o recorde de público. Sabemos que será um grande evento e é isso que vale neste momento”.


Em 2014, Brasil enfrentou a Argentina e saiu do Mané Garrincha com a vitória (Divulgação/CBFS)

No ano passado, Falcão esteve em quadra para defender o Brasil no duelo contra a Argentina. A partida, que aconteceu nos mesmos moldes deste amistoso contra Portugal, levou mais de 55 mil torcedores ao estádio Mané Garrincha. Assim, Falcão diz não sentir muita diferença por atuar em uma partida ‘outdoor’, fora de um ginásio.

“Não faz muita diferença porque tem as referências dentro da quadra. As placas de publicidade em volta agem como bons pontos de referência. Claro que você está em um estádio, com o público um pouco mais distante. Mas a gente está falando de um evento específico, em que a ideia é essa mesmo, e é muito legal. No jogo em si, não tem muita diferença não. Dá para se adaptar rápida e tranquilamente”.

Histórico favorável ao Brasil


Invicta contra Portugal, Seleção Brasileira terá a volta de Falcão nesta terça (Getty Images)

Esta será a vigésima vez que Brasil e Portugal se encontram. Nos 19 jogos anteriores, foram 15 vitórias brasileiras e quatro empates. Apesar do ótimo histórico, Falcão não se deixa iludir e acredita que o momento atual é mais favorável aos rivais, principalmente devido às ausências de alguns atletas, que estão ‘brigados’ com a alta cúpula da federação brasileira.

“Hoje o momento é outro. Portugal vem quase com a seleção principal, enquanto a gente vai jogar só com atletas que atuam no Brasil. Além disso, a gente vem com esse problema com a confederação, que eliminou um pouco o momento do Brasil. Portugal vem se preparando para a Copa do Mundo, em 2016, eu coloco que eles estão na nossa frente hoje, na preparação e na organização. Claro que o fato de jogar em casa, e ter a torcida do nosso lado, pode ser favorável a nós, mas o momento, como preparação, como seleção, é deles”.

“Sobre o Ricardinho, o Brasil tem que se preocupar, e muito, com ele. Hoje, ele é o melhor jogador do mundo, com méritos, porque ele fez por merecer isso. É um cara que procurou seguir a minha linha de futsal, de jogar bonito, de ter resultado, de fazer gols. Ele vive um momento especial, tenho certeza que vai ser um confronto muito legal, e quem ganha com isso é o futsal”, afirmou.

Ricardinho e Cardinal: dupla de maior perigo para a Seleção Brasileira (Divulgação/FPF)

Falcão analisou ainda o crescimento da liga portuguesa, que recebeu uma grande quantidade de jogadores brasileiros nos últimos tempos e tem colocado suas principais equipes, Benfica e Sporting, no topo das competições internacionais. Para ele, a experiência dos atletas é um fator muito positivo para o desenvolvimento da seleção e um ‘dificultador’ para o Brasil.

“O futsal de Portugal tem crescido, mas a gente não pode esquecer que os principais jogadores que estarão vestindo a camisa da seleção não jogam em Portugal. O Ricardinho e o Cardinal, que são referências na equipe, atuam na Espanha pelo Inter Movistar. Então, isso dá uma experiência maior para a seleção portuguesa, que tem jogadores acostumados a enfrentar os melhores adversários, o que só dificulta ainda mais o nosso trabalho”.

E o futuro? Por enquanto, será nas quadras

O retorno do craque ao time principal do Brasil pode marcar o início de uma nova era na Seleção, com a conquista de novos títulos e a ampliação dos recordes que Falcão já detém na história do futsal brasileiro. Com isso, a ideia de se aposentar fica de lado, pelo menos em um futuro próximo.

“Na verdade, eu deixei o plano de aposentadoria de lado. Eu sou um jogador que me cuido, ainda me vejo em condições de tanto estar vestindo a camisa da seleção como dos meus clubes. Eu tive uma lesão séria recentemente, ainda estou em processo de retorno, mas ainda continuo ganhando títulos, fazendo gols. Então, vou deixar o tempo dizer. Por enquanto, eu vou jogando ano a ano, e quando eu sentir que não tenho mais condições, eu paro”.

Reportagem de Matheus Collaço dos Santos


Camisa 12 treina para o duelo contra Portugal nesta terça, na Arena Castelão (Divulgação/CBFS)

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