Angola2013: Arbitragem foi nota menos positiva no Mundial de …

A arbitragem foi a única nota menos positiva no balanço final do Mundial de hóquei em patins, organizado por Angola e em que a Espanha revalidou o título, de acordo com a organização.

      Em declarações à agência Lusa e RTP, Carlos Alberto Jaime ''Calabeto'', coordenador da Comissão Executiva do Comité Organizador da prova, considerou que houve erros de arbitragem ''cruciais'', que prejudicaram Angola e Portugal.

      ''Realmente não queria tocar na arbitragem, mas tivemos dois momentos muito cruciais durante esse Mundial, principalmente no jogo Angola-Chile e no Portugal-Argentina”, referiu.

      No Angola-Chile, ainda na fase de grupos, a equipa anfitriã perdeu 1-3 na marcação de grandes penalidades, depois do empate a uma bola, alcançado no tempo regulamentar, ter persistido no prolongamento.

      Quanto ao Portugal-Argentina, que apurava um dos finalistas, a arbitragem anulou um golo a Portugal, momentos depois de o ter validado, tendo os argentinos vencido ao marcarem o chamado ''golo de ouro'', no prolongamento.

      Face à decisão da equipa de arbitragem, o presidente da Federação Portuguesa de Patinagem, Fernando Claro, considerou que o Mundial estava ''manchado'' devido aos erros dos árbitros.

      ''Acho que é preciso rever alguns critérios, fazer a seleção das duplas de arbitragem. Nós sentimos isso na pele, no jogo contra o Chile e também vi no jogo Argentina-Portugal, em que Portugal foi prejudicado'', considerou Carlos Alberto Jaime.

      ''Calabeto'', que preside à Federação Angolana de Patinagem, reconheceu que se trata de contingências do desporto e acrescentou: ''As pessoas são humanas e erram, mas insistir no erro é que é complicado''.

      Todavia, o balanço do Comité Organizador é positivo: ''Do ponto de vista organizativo, Angola esteve muito bem, as equipas estiveram ao nível da competição''.

      ''Angola praticamente é uma nação de desporto, e uma nação jovem, sendo ela jovem, tem muito potencial e como dizia o treinador [da seleção portuguesa] Luís Sénica, é um gozo jogar num pavilhão com 12 mil espetadores'', referiu.

      De acordo com o dirigente, o mundial teve aproximadamente “uma média de assistência de oito mil espetadores por dia” e “isso é muito bom para o hóquei e fundamentalmente para as equipas que estiveram aqui”.

      “Não [foi] só Luanda, mas também no Namibe, onde há um núcleo de patinagem bastante forte, já desde o tempo colonial e o resultado foi esse. Quando assim é facilita a organização de grandes eventos”, acentuou.

      Quanto ao futuro da modalidade em Angola, ''Calabeto'' está otimista e antecipa uma grande massificação, com o material que Angola recebeu para a realização deste Mundial.

      ''Será um ‘boom' do hóquei em patins, porque conseguimos algum material significativo que vamos colocar nos principais polos de desenvolvimento, nas províncias de Luanda, Benguela, Huíla Namibe, Malanje e também um pouco para Huambo e Bié. Vamos desenvolver um trabalho de massificação muito forte'', disse.

      A nível mundial, ''Calabeto'' considerou que faltam notoriedade e patrocínios à modalidade, e manifestou o empenho de Angola em apoiar a federação internacional na divulgação do hóquei em patins.

      No torneio, que decorreu entre os dias 20 e 28 nas cidades de Luanda e Namibe, a Espanha sagrou-se pentacampeã do Mundo, numa edição do Mundial que repetiu o pódio das últimas duas edições, com Argentina e Portugal na segunda e terceira posições, respetivamente.

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