América Latina vai crescer menos


De acordo com a Cepal, crise internacional causa "esfriamento´ da demanda externa e tendência de crescimento dos preços FOTO: ALEX COSTA

São Paulo A Cepal (Comissão Econômica da ONU para América Latina e Caribe) anunciou, ontem, que reduziu a previsão de crescimento da América Latina para 3,2% em 2012, contra 3,7% da estimativa anterior, divulgada em junho.

A menor expansão se deve ao baixo crescimento que será registrado por duas das maiores economias da região sul-americana, Brasil e Argentina.

De acordo com a Cepal, o Brasil deve ter crescimento de 1,6% em 2012, enquanto a Argentina chegará a apenas 2%.

Em 2013, a instituição prevê uma leve recuperação, com crescimento regional calculado de 4%, sustentado pelas retomadas argentina e brasileira.

Impactos

A fragilidade da economia mundial, causada principalmente pelas dificuldades enfrentadas por Europa, Estados Unidos e China, afeta o crescimento da América Latina e Caribe, região que terá em 2012 uma expansão menor que em anos anteriores, destaca o documento do organismo ligado às Nações Unidas.

A situação da economia mundial provoca sobretudo um "esfriamento da demanda externa e uma tendência decrescente dos preços da maioria dos principais bens básicos de exportação", motor do crescimento regional, que tem transformado o comércio exterior "no principal canal de transmissão da crise internacional à economia da região", segundo a Cepal.

Apesar dos resultados ruins constatados no comércio exterior, a Cepal concluiu que a maioria dos países tem espaço fiscal para reagir às políticas dos países desenvolvidos.

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