BUENOS AIRES - Um clima de ataques marcou o início do debate da eleição presidencial argentina na noite deste domingo. Pela primeira vez na história da Argentina, o eleitor tem a chance de assistir a um debate entre os dois finalistas, que se enfrentarão, no segundo turno, daqui a uma semana.
O candidato governista, Daniel Scioli, concentrou as perguntas do primeiro bloco na questão cambial. Ele insistiu que o opositor, Maurício Macri, promoverá uma desvalorização cambial. "Quem vai pagar os custos de um ajuste?", perguntou Scioli. Macri escapou da questão.
Macri assumiu posição de ataque. E utilizou seu tempo para frisar que Scioli está alinhado ao atual governo de Cristina Kirchner. Mas Scioli, por sua vez, tentou desvincular-se dessa imagem. "Você insiste em se referir a um governo que termina em 10 de dezembro", destacou o governista.
O debate presidencial é promovido por Argentina Debate, uma Organização Não Governamental da qual fazem parte economistas e formadores de opinião ligados à pesquisa de políticas públicas. O evento é realizado no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires e transmitido ao vídeo por diversos canais de televisão.